

O negócio, que faria com que a siderúrgica número um do Japão, Nippon Steel, adquirisse a Sumitomo Metal, surge enquanto o setor enfrenta a alta no preço das matérias-primas, agravada pelas enchentes recentes na Austrália.
As siderúrgicas japonesas foram atingidas com as montadoras domésticas, como Toyota (


Elas também encaram uma concorrência predatória da empresas sul coreana POSCO (


Os analistas, assim como os oficiais do governo e políticos japoneses, receberam muito bem o plano de fusão, que está sujeito à aprovação da Comissão de Comércio Justo (FTC) do Japão.
"O novo grupo tem chance de se tornar bem competitivo na Ásia", disse o analista da CLSA Jeremie Capron, acrescentando que a Sumitomo Metal pode reduzir custos com a ajuda da Nippon Steel.
"A nova empresa terá a melhor linha de produtos do setor, variando desde aço para construção, folhas de aço para montadoras até placas grossas para tubos sem emendas. É bem exclusivo e a empresa número 1, Arcelor Mittal (

A Nippon Steel, cujos principais clientes são as montadoras japonesas, e a Sumitomo Metal Industries, que é forte em tubos sem emendas utilizados nos setores de energia, construção e maquinário, disseram que o plano é que a fusão ocorra em outubro de 2012.
A Nippon Steel e a número 2 do Japão, JFEHoldings (

"GOLIAS DO SETOR"
Os executivos da Nippon Steel disseram que a empresa queria aprofundar a cooperação com a Sumitomo Metal e Kobe Steel Ltd (

A empresa criada com a fusão seria a número 2 do mundo, com uma produção de 47,8 milhões de toneladas de aço bruto por ano, conforme declaração de Hiroshi Tomono, presidente da Sumitomo Metal Industries. A empresa terá mais de 75.000 funcionários.
Essa ainda seria metade da produção da número 1, Arcelor Mittal, mas deixa o grupo na frentedaBaosteel. Com base na produção de aço bruto de 2009, a Nippon Steel foi a quarta colocada mundial e a Sumitomo, 19ª, de acordo com a Associação Mundial de Aço.
"São dois Golias do setor. A fusão desses dois titãs do setor parece projetada paraultrapassar qualquer coisa que os chineses conseguem fazer", disse John Meyer, analista do banco de investimentos Fairfax em Londres.
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